Tudo começou na época do vestibular, quando fiz cursinho para prestar Fisioterapia para, no futuro, trabalhar com as crianças da AACD.
Essa faculdade ainda não era reconhecida e o curso acontecia só na USP, com pouquíssimas vagas.
Para não ficar na dependência dessa vaga, nas faculdades particulares prestei para Medicina.
No mesmo dia em que saiu o resultado da USP - onde, graças a Deus, passei - também saiu o resultado da Faculdade de Medicina de Bragança Paulista (na época Faculdade Bandeirante de Medicina), para azar meu, pois meu pai, com a melhor das intenções - afinal, ele queria o melhor para mim - não deixou que eu fizesse a matrícula na USP, para que não fosse "massagista com diploma", e sim médica.
Foi um dia estranho, enquanto todos os calouros choravam de alegria, orgulhosos, eu chorava por ter perdido a minha vaga na USP e por não querer morar longe de casa.
Na semana do trote, por intermédio de uma amiga que havia entrado no curso de Odontologia, também em Bragança, consegui conversar com o Diretor da Odonto e mudei de curso, passando a frequentar a Odontologia na turma noturna (possuía ônibus fretado para levar os alunos todas as noites).
E assim fiz. Gostei do curso, me formei, fiz pós-graduação em Ortodontia; afinal, o meu foco sempre foi trabalhar com as crianças...
Mas sempre trabalhei com pena de cobrar muito caro.
Em 1986 casei, e no prazo de 4 anos tive os meus 3 filhos.
Era muito mais prazeroso para mim ficar com meus filhos do que ir atender, porque para mim a família estava em primeiro lugar!
Enfim, trabalhava bem, mas não havia paixão, só obrigação com o paciente.
Com isso, aos poucos os pacientes foram diminuindo.
Quando aparecia algum caso mais difícil, por insegurança, preferia indicar algum colega mais competente, e passei a ser um indicador profissional!
Até que em 1996, tentando melhorar profissionalmente, fui fazer um curso de Prosperidade com o Marcelo Cotrim.
Quando ele explicava a roda da Fortuna, eu perguntei se deveria colocar como figura uma agenda que representasse muitos pacientes para atender.
Ele me respondeu com uma outra pergunta:
- Era isso mesmo que eu gostava de fazer?
Então, tive a coragem de mudar o meu caminho!!!
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