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10 de jun. de 2015

"As farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis"


O Prêmio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios econômicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.

Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crônicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn

Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

A investigação pode ser planeada?

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projetos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.

Parece uma boa política.

Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...

E não é assim?

Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.

Como nasceu?

A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.

Uma aventura.

Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.

Foi cientificamente produtivo?

Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.

O que descobriu?

Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).

Para que serviu?

Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.

Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?

É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espetacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.

Entendo.

A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.

A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ... Como qualquer outra indústria.

É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.

Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.

Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.

Por exemplo...

Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...

E por que pararam de investigar?

Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.

É uma acusação grave.

Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.

Há dividendos que matam.

É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.

Um exemplo de tais abusos?

Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.

Não fala sobre o Terceiro Mundo?

Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.

Os políticos não intervêm?

Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos. Há de tudo.

Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…

18 de Junho, 2011 - Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política

Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net



TALVEZ POR ESSAS RAZÕES A OLIGOTERAPIA DESENVOLVIDA POR MENETRIER EM 1940 TENHA SIDO "ESQUECIDA" OU "NEGLIGENCIADA"....

Qualquer outra dúvida me escreva pelo e-mail: mirhyamcanto@uol.com.br ,
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Luz e Paz na sua caminhada,

Mirhyam




16 de out. de 2011

TERAPIA HOLÍSTICA E TERAPIA ALTERNATIVA

Acredito que, neste momento, se faz necessária uma reflexão...

O que é a terapia holística?
Quem é terapeuta holístico?
O que é terapia alternativa?
Vejo que muitos terapeutas se atrapalham para definir sua própria profissão.
Então aqui vão umas idéias para pensar...
Nem toda terapia alternativa é terapia holística.
Nem todo terapeuta alternativo é um terapeuta holístico.
Podemos usar técnicas alternativas e não ser um terapeuta holístico.
Terapia alternativa é a terapia que usa técnicas e procedimentos que são alternativos à medicina convencional.
O fato de atuar como terapeuta floral, massoterapeuta, radiestesista não garante que se está fazendo Terapia Holística.
A terapia holística se serve de técnicas alternativas, mas não deve ser confundida com ela.
Holos vem do grego e significa “completo, “inteiro”.
Holismo é uma maneira de ver e compreender o ser humano, o mundo e a vida como um todo integrado e organizado. 

A medicina alopata se ocupa das doenças e seus sintomas. 
Com as suas especializações, trata cada parte do corpo humano sem ver e tentar entender o SER que nele habita.
Nesse modo de tratar, não são consideradas as diferenças individuais. 
O paciente não é visto como um SER que tem emoções, família, amores, desejos... que tem uma história!
Analisa-se sintomas: dores, insônia, desânimo, tristeza, falta de atenção...
Fazem-se um diagnóstico: reumatismo, depressão, ATM, DDA, TPM...
Receitam-se remédios ou procedimentos que retirem os sintomas, ajudando a pessoa a dar continuidade às sua tarefas e responsabilidade diárias e viver sem dor.

Sim. 
Precisamos da Medicina Alopata! 
Ela é imprescindível!
Mas ela não está interessada na evolução desse SER que ela está tratando.
A doença tem que ser curada. É isso!
E muitas vezes a doença volta... e volta... e volta... porque o SER que está doente não foi visto. Só a doença.

O terapeuta holístico tem um olhar que vai além!
Uma compreensão mais ampla.
Olha e vê este SER e todas as suas relações.
Porque analisar as partes separadas não nos mostra como é o todo.
O todo é muito mais que a soma das partes.
E nessa visão, quando se interfere numa parte, o todo é afetado. 
Por isso a consciência e a responsabilidade precisam estar sempre presentes.
O sintoma, dentro do holismo, é visto como uma manifestação de uma desarmonia que existe dentro do SER.
Então é preciso ter um olhar que veja o ser humano como um TODO, com corpo físico, com emoções, uma maneira de pensar própria, com um jeito seu de se relacionar com os outros... Com uma constituição energética que é só sua! 
E então podemos usar as técnicas que, com essa visão, vão ter uma conotação bem diferente. 
Não de um procedimento que tira um sintoma... mas que ajuda esse SER a se conhecer melhor e crescer... se harmonizar e sintonizar com aquilo que tem de mais puro em si mesmo... sua essência.... 
E poder sempre mais manifestar o propósito da sua alma.
 
Saúde é harmonia!

As terapias devem oferecer a oportunidade para que cada um possa alcançar a sua própria harmonia.
E para isso, é preciso olhar para o ser humano e para a vida de uma forma HOLÍSTICA.
Mas uma boa terapia alternativa, mesmo que não seja holístca, pode ser de grande benefício.
Angelica Pio

Gratidão à Angelica!! 

texto copiado de Angelica Pio

Conversando sobre Terapia Holística


A Terapia Holística é um conceito de assistência médica que leva em conta tanto os aspectos físicos, emocionais e mentais de um indivíduo.
O processo de cura holística acredita na busca de uma melhor qualidade de vida e melhorar a qualidade de vida e não apenas tomar medicamentos externo.
Ele acredita na idéia de melhoramento interno ao vez de digerir medicamentos.
Ela não se concentra apenas na saúde física.
Ela auxilia a saúde mental do indivíduo e tenta melhorar a sua atitude perante a vida.
A Cura holística está baseada no princípio de que a nossa mente, corpo e alma estão interligados.
Nosso estado mental e emocional reflete diretamente em nosso bem-estar físico.
Nossos pensamentos e emoções têm um profundo impacto sobre nossa saúde física.

O terapeuta holístico analisa a saúde do indivíduo de uma forma completa, com o objetivo
da ajudá-lo na cura e recuperação da sua saúde.
Este é um conceito de terapia que leva em conta tanto os aspectos físicos, emocionais, comportamentais, energéticos e até espirituais que interferem na saúde de um indivíduo.

O processo dessa cura holística busca uma melhor qualidade de vida e não apenas a indicação de algo que somente combaterá o efeito e não a causa.

Pesquisadores observaram que a abordagem de um indivíduo perante a vida, o seu processo de pensamento e configuração mental são os fatores mais importantes responsáveis pela condição de sua saúde.
Olhar a vida de forma distorcida ou negativa é, muitas vezes, a principal causa da doença.
Como as emoções, os pensamentos e o corpo estão estreitamente ligados entre si, os pensamentos negativos, depressão mental, frustração e pessimismo são tão prejudiciais para o aspecto emocional quanto para a saúde física, e é certamente um grande contributo para afetar negativamente a saúde.

A terapia holística analisa todas as facetas de um indivíduo.
Trata-se de chegar às raízes de uma doença e trabalhar para a eliminação permanente da doença do corpo de um indivíduo.
Ajuda a melhorar o estilo de vida. Além da relação mente e corpo, os valores, princípios e crenças, que uma forma de personalidade, também são considerados na cura holística.

E importante entender que um desconforto corporal é o sintoma de um desequilíbrio interno.
O desequilíbrio pode ser resultado de fatores físicos, tais como alimentos impróprios ou falta de exercício.
Mas é necessário saber que o desequilíbrio pode ter suas raízes na própria configuração mental.

O trabalho do terapeuta holístico é de passar informações e conscientizar o indivíduo sobre essas interligações, para torná-lo elemento co-participativo no processo de restauração da saúde.

Vamos a um exemplo simples:

Uma pessoa que queixa-se de “queimação” no estômago:

Na visão da Medicina Tradicional Chinesa o sentimento relacionado com o Estômago é a adaptação,
Analisando o aspecto funcional do órgão, sabe-se que é o Estômago é o órgão que primeiro digere o alimento, transformando-o em combustível para a nossa sobrevivência, .e só o fará harmoniosamente se a pessoa estiver "digerindo" bem as situações atuais pelas quais está passando, da mesma forma que o alimento é digerido,
Uma transformação ou assimilação mal realizada trará a indisposição estomacal, por exemplo.
Essa dificuldade de assimilação pode gerar um comportamento emocional ansioso que prejudicará ainda mais o sintoma.

Fazer o cliente observar sua postura emocional sobre o assunto é uma etapa importante durante o processo de restauração da saúde.

A informação e conhecimento é transmitido e cabe ao cliente fazer a sua parte. O terapeuta estará disposto a utilizar de seus conhecimentos holísticos para ajudá-lo no processo.