O universo físico consiste num ambiente de energia que nos envolve e que nos permeia, assim, desde a menor de todas as células até as maiores galáxias no espaço, toda a existência é gerada e perpetuada por uma energia sutil, denominada Ki, uma força vital, que coexiste em todas as coisas que existem no universo, uma espécie de sopro vital que anima o Cosmos. Esse campo de energia universal é a essência do próprio universo, que mantém as estrelas em suas rotas, que produz os buracos negros, que mantém a rotação dos planetas em torno do Sol, que sustenta a vida na Terra.
Como escreve Fritjof Capra, em seu livro “O Tao da física”:
"À semelhança do que se verifica na teoria quântica dos campos, o campo ou o Ki não é apenas a essência subjacente a todos os objetos materiais, mas também transporta suas interações mútuas.
É a essência suprema do Universo, envolvendo-o e movimentando-o a partir do seu interior, permeando todas as partículas que o compõem, por mínimas que sejam, onde uma parte de cada um sustenta a outra parte e, ao mesmo tempo, é a causa suprema e a sua última conseqüência, inteiramente contida em si mesma”.
Assim, os antigos sábios ancestrais nos ensinaram que:É a essência suprema do Universo, envolvendo-o e movimentando-o a partir do seu interior, permeando todas as partículas que o compõem, por mínimas que sejam, onde uma parte de cada um sustenta a outra parte e, ao mesmo tempo, é a causa suprema e a sua última conseqüência, inteiramente contida em si mesma”.
“Cada um de nós existe no Ki e que o Ki está dentro de nós”
O que é o Tao?
Se para os ocidentais “no início era o Verbo”, para os chineses “no início era o Tao”.
Simbólica, a cultura oriental, afirma que o Tao não pode ser definido e o cosmos é uma manifestação do indefinível.
Segundo o taoísmo, antes do Universo existia o Nada e nele havia o Tao.
Esse vazio foi “fecundado” pelo desejo de criação, expresso por duas forças complementares, as polaridades Yin e Yang, que, com dois sexos unidos, geraram a vida.
Mesmo romântica, essa alegoria resume a explicação da filosofia Taoísta para a criação do mundo.
A energia Ki expressa-se na Natureza dividida em duas polaridades opostas e complementares, yin e yang que permanecem em constante movimento.
Este equilíbrio dinâmico constitui o Tao:
“A contínua interação entre os opostos”
Os sábios taoístas compreendiam que a transformação e a mudança são características essenciais da Natureza: “Na transformação e crescimento de todas as coisas, cada broto, e cada característica apresentam sua forma própria. Nessa, observamos sua maturação e decadência graduais, o fluxo constante de transformação e mudança”.
(Chuang Tse) (livro O Tao da Física – cap. 22 - pág.91 - trad. James Legge)
Desta forma, o funcionamento do indivíduo, como do universo, depende do movimento equilibrado e da harmonia entre as polaridades.
A partir da noção de que os movimentos do Tao são uma contínua interação entre os opostos, o processo de vida é visto como algo dinâmico, não possuindo condições estáticas, estando em constante movimento e evolução.
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