O outono é a fase de tranqüilizar, é o momento da maturação de todos os processos iniciados na Primavera, aqui ocorrem as colheitas.
Os dias de outono inspiram a disciplina, o discernimento para que façamos a seleção do que fica e do que sai de nossas vidas, mesmo se o que tiver de sair fizer parte das coisas a que somos apegados.
É a estação mais doída, em que devemos limpar nosso terreno, eliminando tudo o que for nocivo ao nosso redor, como se limpássemos um jardim de ervas daninhas.
É hora de colher os frutos, e o que não foi desenvolvido entra em processo de eliminação. Assim se dá o processo de reciclagem dos seres vivos.
Este movimento de voltarmos a nós mesmos caracteriza-se pela reflexão (o reflexo da ação).
Para tanto devemos:
-Acalmar nossas atitudes,
-Estarmos atentos ao movimento do externo para o interno
-Buscar maior disciplina no cumprimento de nossas obrigações
-Buscar ser justo
-Evitar gelados
-Fazer exercícios respiratórios pela manhã
-Dormir mais cedo
É o início das estações com predominância YIN, onde a ação externa passa para segundo plano, e as situações vão progredindo de acordo com a necessidade mais interior de conquistas mais essenciais.
É também a estação da seca e dos ventos.
Essa estação se relaciona em nosso corpo com o Pulmão e o nariz, assim como o Intestino grosso e a pele.
O Pulmão é o órgão que comanda a interação do externo com o interno, nos alimentando através da respiração com a energia pura do ar e eliminando os gases nocivos ao organismo. Por essa razão são comuns as as tosses, os problemas de garganta e esôfago, asma, bronquite, gripe, coriza, nariz entupido, etc.
O Intestino Grosso atua nesse processo descartando os sólidos, deixando-nos assim livres de todo conteúdo que não necessitamos para o nosso desenvolvimento. Em relação a esse órgão, podemos observar mais ocorrências de diarréia ou prisão de ventre.
A pele tende a ressecar.
Quando não eliminamos o que não nos serve mais, do ponto de vista físico ou emocional, mantemos, internamente, elementos que não tem energia para serem utilizados produtivamente, o que nos torna pesados, com a consciência obscurecida e com tendência a uma fragilidade emocional coml “tristeza”, que poderá ser detectada por olheiras, distúrbios do sono, secura dos lábios e falta de vitalidade, levando a um estado inicial de depressão que se reflete em choro freqüente.
A emoção natural da estação é a melancolia e a angústia (que é a ausência do encontro com os nossos valores e sensações profundas) ou a tristeza (que é a hiper sensibilidade que nos impede de enxergar na situação as leis de causa e efeito) se manifestam quando algo está em desequilíbrio.
Então, o Sol entra como um forte aliado, pois além de ser fonte de calor, ainda promove alegria.
No outono tendemos a comer mais do que no verão, e nosso corpo deve ser mantido com alimentos mais nutritivos, quentes e úmidos,como sopas e caldos que fluidificam mucos e facilitam a expectoração.
Ingerir líquidos é essencial para combater a secura da estação além de facilitar a diluição do muco que o sistema respiratório poderá estar formando.
O que comer no Outono?
- Alimentos que são rapidamente transformados em energia para o corpo. Tais como:
- Frutas:- todas, mas principalmente as cítricas
-Proteínas animais:- carnes magras, peixes magros, carne branca de aves, frutos do mar.
-Cereais e leguminosas:- arroz (branco ou integral), milho, massa (de farinha branca ou integral), feijões (todos), lentilha, ervilha. (As sementes (amêndoas, nozes, castanhas) podem ser consumidas nos intervalos das refeições pois são altamente nutritivas)
-Raízes:-aipim, inhame, batatas (todos os tipos), cenoura e beterraba cozidas.
-Hortaliças:- cozidas ao vapor ou passadas por uma chapa quente param quebrar a energia fria dos vegetais crus, pimentões coloridos
-Temperos:- gengibre, alho, alho-poró, cebola, cebolinha, missô, shoyo, azeite de oliva e os condimentos de natureza morna e quente.
-Chás:-eucalipto, capim-limão, hortelã, casca de abacaxi, gengibre, com cravo ou canela.
(É a época em que se deve tomar muito chá.)
-Evitar: água e líquidos gelados, sorvetes, carne de porco, leite (fator de retenção de líquidos e muco no organismo) e seus derivados.
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